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Nove anos após a revolução que foi “Mad Max: Estrada da Fúria”, George Miller retorna ao universo distópico que conquistou fãs desde 1981. “Furiosa: A Saga Mad Max” traz de volta os elementos icônicos da franquia: as vastas paisagens desérticas, os veículos monstruosos e os guerreiros excêntricos. No entanto, este novo capítulo se distancia de seus antecessores em diversos aspectos.
Imagem: Divulgação, Warner Bros
Pela primeira vez, o foco não está no anti-herói Max Rockatansky. Em vez disso, acompanhamos a jovem Furiosa, interpretada por Anya Taylor-Joy, em sua jornada de transformação. A trama se desenrola em um oásis na Austrália pós-apocalíptica, interrompido pela chegada do cruel Dementus (Chris Hemsworth), que sequestra Furiosa e a leva para a Cidadela, sob o domínio de Immortan Joe (Lachy Hulme).
Embora o filme impressione com suas sequências de ação e visuais deslumbrantes, a narrativa se mostra mais exaustiva do que empolgante. A ausência da inércia ininterrupta de “Estrada da Fúria” é sentida, dando lugar a uma construção de mundo lenta e digressiva. O filme se aprofunda na história dos personagens e do universo Mad Max, mas nem sempre com sucesso. Alguns podem questionar a relevância de tantos detalhes para quem não é um fã ávido da franquia.
“Furiosa” se assemelha mais a uma novela gráfica derivada, preenchendo lacunas entre os filmes principais, mas sem alcançar a mesma qualidade. Apesar de visualmente espetacular, o filme não consegue manter o mesmo nível de interesse e emoção de seus predecessores.
Em suma, “Furiosa: A Saga Mad Max” é uma aventura visualmente impressionante, mas que se perde em um roteiro exaustivo e personagens que não se aprofundam o suficiente. A tentativa de expandir o universo Mad Max nem sempre funciona, deixando o público com a sensação de que este capítulo poderia ter sido mais conciso e impactante.